27 outubro 2006

Audiovisual da Cufa é apresentado aos universitários da PUC-Rio

por Joyce Santos

Os coordenadores do Núcleo de Audiovisual da Cufa Cidade de Deus, Anderson Quak e Rodrigo Felha, estiveram na última sexta-feira (27/10) no auditório da PUC-Rio para uma conversa com alunos da disciplina de Comunicação Audiovisual da universidade. Houve a exibição de algumas produções da Cufa como os videoclipes “Ataque Verbal”, do grupo de rap Baixada Brothers e o ainda inédito “Já é”, de Cidinho e Doca. Os alunos da PUC assistiram também a trechos do documentário “Sou Quem Sou”, cujo DVD, uma parceria da Cufa com o Nós do Cinema e o Nós do Morro, será lançado em novembro. No debate, estiveram presentes os professores Patrícia Maurício, Lilian Saback e Ernani Ferraz.


A mesa, com as professoras da PUC-Rio Lilian Saback e Patrícia Maurício e os coordenadores do Núcleo de Audiovisual da Cufa, Anderson Quak e Rodrigo Felha.


O interesse dos alunos percorreu desde questões sobre como o núcleo começou, até como se dá a relação e a percepção da comunidade com o trabalho audiovisual desenvolvido pela Cufa, dentro da Cidade de Deus. Anderson Quak e Rodrigo Felha falaram também sobre as dificuldades de produzir com baixo orçamento e as formas que encontram para superar estas limitações, citando exemplos de alguns dos mais de 15 filmes já realizados pela Cufa.


No auditório da PUC-Rio, alunos assitem a palestra sobre o audiovisual da Cufa.

Além disso, a conversa foi aprofundada com relação à temática social de como acontece e pode vir a acontecer uma integração produtiva entre o asfalto e a favela. Segundo Anderson Quak, é preciso que as ações tenham continuidade, para irem além de práticas e discursos assistencialistas. Ao final do encontro, a sugestão de uma das alunas de se realizar uma “Mostra Cufa” na PUC sinalizou o interesse para que seja estabelecida uma relação mais consistente. A idéia foi recebida com entusiasmo tanto pelos professores, quanto pelos coordenadores da Cufa. O primeiro passo já foi dado. A partir dele, um caminho pode ser trilhado, possibilitando um maior diálogo entre duas realidades que, ao contrário do que pode ser pensado, não se opõem, mas se complementam.

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