25 outubro 2006

Governo Federal e Estadual levam Colégio Pedro II para a CDD

por Raphaela Galiza

A comunidade da Cidade de Deus espera a implantação do projeto para instalar uma unidade do Colégio Pedro II na região, conforme noticiou o jornal “O Globo” de ontem, 24 de outubro de 2006.

A parceria inédita entre o Governo Federal e Estadual vai trazer para Cidade de Deus o tradicional Colégio Pedro II, que tem seus alunos nas listas de aprovados dos mais concorridos vestibulares do Rio de Janeiro. A proposta é oferecer até 300 vagas em turmas de ensino médio regular e ensino médio integrado, com curso técnico de montagem e manutenção de computadores, beneficiando jovens e adultos da zona oeste.

A nova unidade do Pedro II tem previsão de ser inaugurada até dezembro, com início das aulas em 2007. Os alunos serão selecionados por concurso. O espaço também será utilizado por uma creche comunitária. Com 26 salas de aula, o colégio terá também um refeitório e uma quadra de esportes.

O projeto já foi encaminhado para aprovação da governadora Rosinha Garotinho, que prevê a utilização de um prédio de três andares cedido pela Secretaria de Educação na Avenida Edgar Werneck, perto da Praça Padre Júlio Groten.

Segundo o secretario de educação Arnaldo Niskier, a região é carente de escola de ensino médio. Para ele, levar o Pedro II para a Cidade de Deus representa a excelência do ensino público na região, aumentando as oportunidades de emprego e de qualidade de vida dos jovens, que contarão com um ensino capaz de possibilitar o acesso às universidades.

Um comentário:

Unknown disse...

É de suma importância tratar de educação em qualquer espaço, sobretudo, nas áreas em que o Estado não chega, ou não tem interesse em chegar.
A CDD deve reivindicar uma educação pública de qualidade para suas crianças, jovens e adultos, mas que não tenha somente a herança histórica e elitizada do CPII, mas que ali se faça um espaço democrático e reflexivo, de acordo com as necessidades daqueles sujeitos, numa formação que não vise somente o mercado de trabalho ou o vestibular, mas que seja voltado para a autonomia, como já dizia Paulo Freire.
Não concordo com o sistema de concurso, pois trata-se de uma maneira de excluir os já excluidos. Nesse aspecto, os moradores da CDD devem pedir o aumento no número de vagas, para que todos tenham acesso a qualidade de ensino, seja no Pedro II, ou em qualquer outra escola pública.

Um abraço, Viviane Baptista